Doença de Kienböck - Cirurgia da Mão

Principais patologias


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Doença de Kienböck


A doença de Kienböck é caracterizada por uma necrose avascular que afeta o osso semilunar do carpo, em consequência da falta de suprimento sanguíneo para o mesmo.

Existem algumas hipóteses que tentam explicar a etiologia desta doença: fraturas por impacção do semilunar, microfraturas ou fraturas por estresse, estase venosa, morfologia do semilunar, suprimento sanguíneo para o semilunar, etc. No entanto, até o momento, não há evidências que comprovem essas teorias. Sabe-se que existe correlação com a ulna minus, que afeta mais comumente homens, (duas vezes mais homens que mulheres ) adultos jovens e que apresenta caráter unilateral.

Os sintomas mais comuns da doença de Kienböck incluem: dor no punho e edema, limitação dos movimentos do lado afetado(rigidez), diminuição da força, dor ou dificuldade em posicionar a mão para cima.

Com a progressão da necrose avascular do semilunar, a matriz óssea vai sendo reabsorvida e diminuindo de tamanho, deste modo, outros ossos alteram sua posição ocupando a antiga posição do osso acometido. Esta alteração resulta nos casos avançados o aparecimento de artrose.

O diagnóstico é feito principalmente por meio de exames radiográficos, sendo comum, nos estágios iniciais, as radiografias não evidenciarem alterações. Os casos que levantam suspeita clínica podem ser avaliados melhor através da cintilografia óssea, tomografia computadorizada, ressonância magnética.

O tratamento nos casos iniciais sem artrose, sem colapso é a descompressão do semilunar, seja por equalização da radio ulnar distal ou por redução com comprimento do capitato, podendo associar ou não enxerto vascularizado do rádio distal. Nos casos com colapso e instabilidade, para prevenir a evolução da instabilidade carpal, são indicadas as artrodeses intercapais: trapézio-trapezóide-escafóide ou escafóide-capitato. Nos casos avançados da doença com artrose avançada,  são indicados procedimentos de salvação: artrodese punho ou capectomia proximal.

 

Dra. Márcia Arima, ortopedista, especialista em Cirurgia das Mãos.

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