Sindactilia - Cirurgia da Mão

Principais patologias


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Sindactilia


Sindactilia é uma anormalidade embriológica que resulta na visível união entre dois ou mais dedos das mãos ou dos pés. A fusão ocorre tanto em partes moles como em fusão óssea (sinostose). É  decorrente de uma falha da  apoptose no tecido mesenquimal interdigital durante a sétima e oitava semanas de gestação.

Sua incidência é de 1 em 2000 nascidos vivos, sendo, portanto, a mais comum das deformidades congênitas da mão.

Não existe uma causa específica. Pode ser herdada de um dos pais (50% em sua descendência), transmissão do tipo autossômico dominante ou uma mutação nova, espontânea, desconhecendo-se as causas que geram essa mutação. Apresenta história familiar positiva em 10-40% dos pacientes e é bilateral em 50% dos casos.

Pode ocorrer associada a síndromes: Apert, Poland e Holt-Oram.

Pode ser classificada como cutânea, óssea, parcial, completa ou complicada (sindrômica) , e 50% dos casos são bilaterais. A mais frequente é a sindactilia cutânea (simples) completa entre o terceiro e quarto quirodáctilos.

O tratamento cirúrgico procura não só conseguir um resultado cosmético e funcional de cada dedo como também um sulco interdigital semelhante ao normal (7). A intervenção cirúrgica entre os 4 e 6 meses pode prevenir crescimento angulado do dígito mais longo. Deve-se evitar operar simultaneamente os dois lados de um mesmo dígito a fim de evitar o risco de necrose isquêmica. Os procedimentos cirúrgicos descritos são diversos e dependem do tipo de sindactilia. Geralmente, são utilizados retalhos vascularizados dorsais, incisões em Z-plastia interdigitais e enxertos de pele de espessura completa.